quarta-feira, 8 de junho de 2016

8/6/16

ATENÇÃO: O conteúdo desse texto é levemente feminista e, consequentemente, pode ser mal interpretado, favor ler com atenção ou nem ler. Escrevi meio bêbada e não revisei, preste atenção, mas não muito.

Hoje, depois de algumas conversas de mesa de bar com uma amiga, cheguei em casa inspirada a escrever alguns pensamentos que tenho sempre que algumas situações acontecem. Pois bem, explicarei timtim por timtim.
Eu trabalho em um bar, onde 99,9% dos frequentadores são gays, mas entre os funcionários, só um é gay e trabalha na cozinha (pouco contato com o público), e no salão (contato direto com o público) somos em 5, mas sou a única mulher. Além disso, sou a mais nova, os caras lá já tem todos mais de 45 - 50. Ou seja, as pessoas com quem eu trabalho diretamente são homens bem mais velhos que eu.
A minoria dos homens que frequentam o bar são héteros, e os que são, vocês já imaginam que por frequentarem um bar gay sejam boa gente, são ótimos e nunca tive problemas. O mesmo vale para as mulheres. Ou seja, não tenho problemas com abordagens agressivas (mulheres homossexuais nunca são tão agressivas quanto homens heterossexuais babacas).
Eu sou chata. Odeio ser cantada/encarada/etc, principalmente quando estou trabalhando. Acontece, já aconteceu no bar, mas gostar mesmo eu realmente acredito que ninguem gosta. Uma vez aconteceu de um fornecedor nosso ficar me encarando, reclamei pros meus colegas e eles consideraram um exagero, já que "eu sou uma mulher muito bonita, é normal os homens ficarem me olhando". Sim, ouvi isso de um colega e pra ele eu respondi "OLHA KIRIDO, EU TO AQUI TRABALHANDO, E NÃO EM EXPOSIÇÃO", mas continuo sendo a doida, né.
Pois que aconteceu essa semana algo que não é a primeira vez que gera discussão entre eu e meus coleguinhas. Um senhor com aproximadamente uns 40 anos, gay, sentou ao balcão e ficou encarando o barman e pediu o whatsapp de um garçom. MEUDEUS COMO É QUE PODE, revolta no bar. COMO ASSIM ELE FICOU ME ENCARANDO.
Eu ri.
Tá vendo como é? Quando alguém que não te interessa fica te encarando. O quanto é constrangedor. Você lá se matando de trabalhar e a pessoa te pedindo whatsapp.
Só eu não vejo diferença?
Lá, infelizmente, sim.
Eu não continuo a discussão, mas me dá vontade de levantar alguns pontos, como por exemplo: Só porque sou mulher tenho que aceitar pessoas me encarando de forma constrangedora? O que faz um homem pensar que eu gostaria de ser olhada dessa forma? Porque a verdade é que eu me sinto um pedaço de bife andando. Não é lisonjeiro, amigo. Se sou hetero tenho então que desejar todos os homens? Se um homem me acha bonita, tenho que querer ficar com ele? TENHO ALGUMA OBRGAÇÃO DE GOSTAR DE QUEM GOSTA DE MIM? Se um homem se incomoda de ser observado por outro homem, eu não posso me incomodar também?
AH, MAS MULHER NÃO FICA OLHANDO PRA GENTE DESSE JEITO! Primeiro que isso não justifica nada, e segundo que se nenhuma mulher te olha, kiridinho, talvez tenha alguma coisa de errado contigo, né. E isso não te dá o direito de sair por aí constrangendo o outro. Ou melhor, outra, já que você é machão.
POXA MAS VOCÊ NÃO ME DÁ BOLA. Não, porque se eu vejo um cara atirando pra todos os lados, meu bem, eu quero é distância.
Enfim, eu precisava compartilhar isso, porque discuto esse assunto diariamente comigo mesma pra não criar atrito no ambiente de trabalho, né.
Outra coisa que me deixa meio bolada é em relação as meninas que vão lá. Quantas vezes já ouvi "Ah, essa se gostasse de homem eu namorava/casava/pegava/afins". Até que um dia eu não aguentei e disse "QUEM DISSE QUE SE ELA GOSTASSE DE HOMEM ELA IRIA QUERER ALGO CONTIGO? PRECISA MAIS DO QUE SÓ EXISTIR E SER HOMEM PRA UMA MULHER TE QUERER". Essa foi uma discussão que não se repetiu mais.
Na verdade, eu discordo dos caras lá do trabalho em muitas coisas, me sinto meio peixe fora d'água lá e fico de cara como pessoas que trabalham com um público gay tenham esse tipo de pensamento, e ao mesmo tempo respeitam tanto os clientes. Me deixa confusa um pouco. De qualquer forma, eu os respeito e adoro meu trabalho e, principalmente, meus clientinhos <3 font="">



sexta-feira, 6 de maio de 2016

6/5/16

Oi, tudo bem?
Falei que tô morando sozinha, né? Pois bem, deixa eu contar que uma das minhas maiores dificuldades morando sozinha é: Fazer compras!
Sim, eu detesto ir no supermercado, e sempre que eu vou eu compro coisas que não preciso e esqueço as que preciso e por aí vai, um desastre. No fim, a sensação é de que nunca tem nada de bom pra comer em casa, ou nunca tem o que eu preciso pra fazer algo de bom pra comer.
Resolvi então fazer lista. Quase deu certo. Mas também não sei fazer listas pra mais de uma semana, não consigo me planejar a longo prazo, e no fim, ia toda semana no supermercado.
Eu não sei vocês, mas tem coisas que eu nunca resisto quando vou ao supermercado. Por exemplo, no que tem aqui perto de casa eles fazem uma coxinha muito boa, e indo lá toda semana, consequentemente eu tava comendo coxinha toda semana. "Ah, mas é uma coxinha só por semana!" vocês diriam, mas a coxinha foi só um exemplo, tem os docinhos que vendem no caixa, as cervejas em promoção... Enfim, gasta-se mais que o necessário e nunca tem o que comer em casa.
Pois bem, eis que estava vendo os livros que minha mãe me trouxe, que estavam na casa dela, e achei um com mais de 1800 receitas que comprei num sebo uma vez, e que lá nas ultimas páginas tem uma seção com 60 receitas rápidas e algumas dicas para pessoas com pouco tempo poderem se alimentar melhor, inclusive uma lista com coisas fundamentais para se tem na geladeira/congelador/despensa.
Resolvi fazer um teste e anotei tudo dessa lista que eu gosto (tipo, tinha frutas cristalizadas na lista e eu não gosto) e me programei pra ir no mercado e no sacolão. Não deu tempo de fazer as duas coisas, fui só no sacolão. Comprei uma boa variedade de legumes, cheguei em casa e lavei, cortei e separei em porções e congelei.
Isso foi há duas semanas, e ainda não fui no supermercado (agora por preguiça mesmo) e tenho me alimentado surpreendentemente bem nesses últimos dias.
Resumindo, fazer uma lista de compras objetiva funciona sim, dá pra comer bem sem gastar muito, inventar umas moda nova na cozinha (pra quem gosta, tipo eu) e ser feliz não precisando ir ao supermercado (principalmente se for um mercadorama).



Esse é o livro, e eu super recomendo. Não tem figurinha das receitas, só de algumas técnicas, mas as receitas em geral estão todas numa linguagem simples, tem desde receitas de base, como molhos e massas, a receitas mais elaboradas, um bom glossário e essas dicas maravilhosas de cozinha simples (e tá em promoção no submarino).
Cozinhem, faz bem!

terça-feira, 3 de maio de 2016

3/05/16

Voltei nesse blog hoje procurando algumas lembranças do passado e acabei ficando com vontade de escrever. Mas escrever sobre o que? Ainda estou me perguntando, mas resolvi deixar rolar. Podia escrever sobre as últimas desventuras amorosas, ou sobre reviravoltas que a minha vida deu desde a ultima vez que publiquei algo aqui.
Mudei de cidade, larguei minha profissão, e estou começando de novo.
Não foi uma decisão fácil. Muitíssimo pelo contrário. Aquela sensação de ser uma perdedora, uma ingrata (já que meu pai me pagou a faculdade). Mas cheguei a conclusão que perdedora mesmo eu seria se não tentasse de novo.
Resolvi sair do ninho então, mais uma vez. Claro que a última desilusão amorosa ajudou na decisão de mudar de idade. Morar numa cidade pequena onde todos conheciam se ex tava muito chato. Cheguei aqui no início do ano passado pra morar com uma tia, trabalhar em casa com uma prima e fazer um curso de confeitaria. A sociedade com a prima não deu lá muito certo, e acabei saindo, o curso foi muito bom e me deixou com vontade de fazer mais cursos na área de culinária e recentemente saí da casa da minha tia e vim morar sozinha.
Trabalhei em dois empregos por três meses, aproximadamente 12-13h por dia, mas agora que minha casa já está quase do jeito que eu quero, resolvi sair de um e fazer uma outra faculdade. Se tudo der certo, em agosto estarei cursando gastronomia. Inclusive ando preocupada, já que pra entrar na faculdade vou ter que escrever um texto, isso significa algo com mais de 140 caracteres, e eu achava que não conseguia mais fazer isso. Bom, esse texto não ficou nenhuma maravilha da literatura moderna, mas já é um começo. Vou praticar mais.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Eu já tinha me conformado, aceitado até, que no futuro eu seria uma velha solitária, do tipo que toma conhaque no café da manhã. Sem amigos, marido ou filhos. Sozinha. Não por desejar isso pra mim, até porque, não me parece assim tão bom. Mas as minhas escolhas na vida sempre me levaram a ser sozinha e imagino que isso se acumule ao longo da vida até chegar numa velhice completamente solitária, a não ser que se faça algo pra mudar isso. Mas também nunca pensei em mudar.
Afinal, mudar pra que? Quão complicadas são as relações humanas, e desgastantes, cansativas...
Mas eis que surge uma pessoa.
E tudo muda. Completamente.
E o que eu vejo no futuro, nem tão distante, é uma mulher feliz, com o homem que ama, um filho talvez, numa casa pequena mas com um jardim bem grande, uma árvore pra construir uma casinha com um balanço embaixo, um gato gordo e um cachorro serelepe e um coelhinho fofinho.
Mas a pessoa se acha jovem demais pra tudo isso.
E o sonho desmorona, como um castelo de cartas.
Como pensar em construir um futuro junto, se o outro nem pensa em construir futuro algum. Ou melhor, acha que ainda tem muito tempo pra pensar em começar a construir algo. Que vive como jovem inconsequente, rebelde sem causa, enquanto eu ando cheia de preocupações e dificuldades pra construir uma estrutura sólida e poder ter alguma estabilidade futura.
Não tá fácil amar alguem numa vibe assim tão diferente da minha...
Tenho me perguntado tantas e tantas vezes se espero. Não tenho dúvidas que poderíamos ser felizes juntos, mas vale a pena perder os melhores anos da minha juventude esperando sentada, vendo ele se encaminhar pra outra direção?

Vejo o velho conhaque matinal se aproximando novamente.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

AH!

Sim, essa sou eu gritando. Ando com muita vontade de gritar um "vai se foder" bem grande na cara de algumas pessoas. eu sei que não deveria, mas estou me irritando demais com uma certa história. Veja bem:
Meu namorado é um cara bacana, do tipo que vive rodeado de amigos que gostam bastante dele. Eu, tímida, não fiz amizade de cara com essa galera, nunca fiz parte do grupo, nem nunca farei, já que são absolutamente diferentes de mim. Fazem coisas que não gosto, só bebem se for pra cair, na rua mesmo, fazendo baderna. Gosto de beber, mas só o suficiente pra descontrair um pouco, mais do que isso é bobagem (pra não dizer que é uma forma infantil de fuga da realidade) Mas nunca me neguei a sair com esse pessoal, até porque não tenho muitas outras opções, e não é assim tão ruim ficar lá com eles. Inclusive tem uns poucos lá que se salvam.
Bem, meu namorado sabe que eu não curto muito essa galerinha e tenta arrumar umas coisas diferentes pra gente fazer, ou as vezes prefere ficar em casa vendo filme, mesmo que eu diga pra irmos lá com os amigos dele, já que, como eu disse, gosto de algumas pessoas.
Acontece que de uns tempos pra cá, ou talvez sempre e eu que não tinha notado, eles andam nos zoando. Falando que a polícia chegou quando eu chego onde eles estão, ou fazendo som de chicote quando a gente sai. Alto, pra eu ouvir mesmo.
Sério, me sinto extremamente mal por isso. Nunca foi minha intenção afastar ele dos amigos, e fico me sentindo a maior megera, sabe =( (inclusive to chorando aqui, porque sou uma idiota mesmo).
Aí, no último final de semana (ou no anterior, sei lá) nós saímos com alguns amigos que temos em comum, mas antes passamos na praça onde a galera estava. Bem, foi quando me senti pior, ouvindo sons de chicote durante um bom tempo. Mas ok, saímos de lá e fomos pra um bar, jogar uma sinuca e tomar uma cerveja. Pouco tempo depois chegaram dois amigos dele, que estavam lá na praça. Ele ficou animado e começou a jogar sinuca com eles. Não dei bola e fui lá fora conversar com meus amigos. Tava tudo ótimo, até que resolvi buscar um pouco mais de cerveja. Quando cheguei lá, todos com maior cara de enterro. Perguntei pro meu namorado o que tinha acontecido e ele disse que tava muito chateado por ter sido abandonado lá dentro com os amigos DELE, que não tinha sido com eles que ele tinha saído, e pediu pros caras irem embora. Fiquei com a maior cara de "wtf", né! Pedi desculpas, mas quando é que eu ia imaginar que ele iria ficar chateado por ter sido deixado com os amigos dele? Os outros amigos, nossos amigos, tambem ficaram lá fora comigo, primeiro porque não tinha mais lugar na sinuca, e segundo porque não gostam dos caras que chegaram lá (um deles é chato demais, pqp), mas ninguem se preocupou, porque ele tava com os amigos dele!
Agora, ele pediu pros caras irem embora, porque era com a gente que ele queria ficar, e quem vai ficar com fama de megera horrorosa que odeia todos os amigos dele?
Mega chateada com esse lance, de verdade.
O que acho que meu namorado ainda não sabe é que paciência tem limites. Por enquanto ainda topo ir lá na praça, ficar com os amigos dele, mas se continuar desse jeito, em breve não irei mais, de jeito nenhum. E aí, azar o de quem não desfrutar de minha adorável companhia (falo merrrmo).

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Epic Rap Battles of History

Mudando de assunto, tava de buenas aqui no fb, quando me surgiu um link de uma batalha de rap que eu ainda não tinha visto, e aí me lembrei dessa parada, tem umas muito boas caras! Seguem as minhas favoritas:





 
 
Na minha opinião, os vencedores seriam Mozart, Gandalf e Darth Vader!
Claro, não assisti todas as batalhas, mas recomendo, é uma boa forma de matar o tempo.


sábado, 6 de abril de 2013

Veja bem...

Não é a viagem dele que me preocupa, mas não ve-lo esse final de semana que me entristece. Explicando melhor: desde que começamos a namorar, o que não faz lá muito tempo, tenho me esforçado (principalmente financeiramente) muito pra que isso (de ficar duas semanas sem se ver) não acontecesse. Isso porque lembro que quando citei essa possibilidade rolou mó climão e cara de choro e tal, ou seja, ele ficou realmente triste e eu não queria isso. Aí hoje eu sinto, sei que não, mas sinto que esse esforço foi em vão, e ficar duas semanas sem se ver não é nenhum bicho de sete cabeças e dá pra levar o namoro assim, meio que nas coxas mesmo... É bobagem, eu sei, e sei o quanto ele queria ir, e no lugar dele também iria mesmo. Mas saber disso, e repetir pra mim mesma 6894610 vezes, não muda o fato de que estou triste. De verdade.

Testando

Opa! Testando aqui o aplicativo pra celular, que se funcionar direitinho e for bom (e se meu celular ajudar), esse blog vai ter mais postagens. Porque veja bem, as melhores ideias pra textos sempre surgem quando to longe do computador, e depois acabo esquecendo, e nunca to longe do celular :P então, dedinhos cruzados!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Quatro de Abril de Dois mil e Treze

É, faz tempo, eu sei. E volta e meia recebo e-mails avisando sobre comentários misteriosos nessa postagem que me fazem lembrar que esse blog ainda existe. Mas é que, veja bem, minha vida deu duas cambalhotas desde o ano passado, e tudo mudou completamente.
Aliás, foram duas e meia, observe:
Primeiro que fui chamada pra trabalhar na Univali. Tive que mudar de cidade e levar a documentação e etc na empresa em menos de uma semana. Mas me joguei! Aluguei um quartinho na casa de uma conhecisa e vim trabalhar num laboratório de pesquisa numa área totalmente diferente da qual sou formada. Mas tudo é aprendizado nessa vida. Acontece que o trabalho era temporário, e pra não ter que voltar pra casa dos meus pais, ainda precisava arrumar um trabalho pra depois.
Sendo assim, tratei de fazer contatos por aqui, e quando uma menina de outro laboratório resolveu sair, perguntou se eu queria que ela me indicasse.
Então, a primeira mudança e meia é que mudei de laboratório. E esse é totalmente diferente do primeiro, ou seja, ainda to aprendendo coisas novas.
Beleza, tudo certinho, saí de férias no final do ano (vantagem de se trabalhar em uma instituição de ensino) e fui pra casa dos meus pais. 40 dias de vida mansa em Jaraguá.
Aí o que acontece? A terceira e mais radical de todas as mudanças: eu me apaixonei.
Pois é, quem diria, logo eu, etc etc etc... Cansei de ouvir essas coisas dos meus amigos, e na verdade eu também me surpreendi.
Eu andava sentindo falta disso, de estar apaixonada e tudo, mas bah! como é difícil e cansativo estar em um relacionamento e eu andava repelindo qualquer possibilidade de ter um até que... não deu pra resistir!
Cansei de resistir, também. Confesso, queria isso.
Eu já o conhecia, sabia que era (é!) gato, bacana e todas essas coisas boas e etc, já até tinha dado uns beijinhos. Quando encontrei com ele de novo, deu nisso!
E aí toda a vida muda!
Mais horas em ônibus pra ir encontrá-lo, mais tempo perdido só pensando nele, mais créditos gastos com mensagens... mais sonhos bons.
E mais amigos também! Conheci muita gente através dele, e amo essas novas pessoas que entraram na minha vida de paraquedas, de carona com ele.
Não reclamo, a vida tá ótima assim, mesmo em cidades diferentes. Saudade até que é bom! E ter em quem pensar e saber que alguém pensa em mim é ótimo! Ter aquele vazio do peito preenchido era tudo o que eu queria.

sábado, 8 de setembro de 2012

8 de Setembro de 2012


Pra que não sabe, minha mãe é artesã. A associação, organizadíssima, tem autorização para usar a praça Angelo Piazera para fazer feira de segunda a sábado nas duas primeiras semanas do mês, e sextas e sabados das outras semanas. Hoje, sendo sábado legal, a feira vai até as 17h, mesmo horário do comércio local.

Justamente nesses sábados legais tem mais movimento na rua, consequentemente, mais gente vai pra praça divulgar suas escolas de dança se apresentando por lá, bandas vão tocar na frente do museu e etc, bem bacana, bem bonito. E hoje tambem foram divulgar a Shützenfest, nossa festa alemã de outubro (yes, nós temos festa alemã!). 

Todo esse alvoroço de gente chama a atenção de um certo tipínho: político em campanha.

Eu não estava lá cedo, mas soube que teve bandeiraço e etc dos candidatos. Até aí tudo bem, eles geralmente dão uma volta no calçadão e vão embora. Acontece que a galerinha de umA certA candidatA (ok, todo mundo sabe que a única candidata mulher é a Cecilia Konell, inclusive a única candidata ficha suja) não foi embora, muito pelo contrário, ficou fazendo volume ali na praça. 

E aí nós temos dois problemas: primeiro que tinha gente demais na praça e quem tava passando pelo calçadão nem tinha como  entrar na praça pra ver as barraquinhas, e segundo, e muito mais grava, é que, como tinha sol e tava calor, os folgados amigos da nossa candidata ficaram na sombra da barraca da minha mãe, a ponto de colocar cadeira na frente da barraca, se apoiar na mesa dela pra tirar fotos e tal. Ninguem conseguia chegar perto da barraca da minha mãe pra ver os produtos dela, e os folgados nem davam bola. 

Ora, os artesãos que ali estavam eram os únicos que estavam realmente trabalhando e ainda vem um bando de sem noção atrapalhar? Faça-me o favor!


Folgado aproveitando a sombra pra mexer em seu iPhone

As 11h minha mãe resolveu desmontar, pois a situação estava insuportável. Achei engraçado uma mulher, com um baita adesivo com o número 55 no peito, ainda vir perguntar se a feira acabava mesmo assim tão cedo. Minha mãe respondeu: "Não acaba cedo, eu que estou indo embora pois não posso trabalhar com vocês aqui me atrapalhando".

Começamos a desmontar tirando a lona de cima, geralmente é uma das últimas coisas a ser feita, e foi o suficiente pro bando de urubus sair dali. Mas claro, pra isso ainda tive que pedir que por favor me dessem licença pra poder desmontar a barraca, caso contrário, teria batido com a armação na cabeça de alguém.

Enfim, é isso, apenas um desabafo. Tudo bem os candidatos irem pras ruas, mas não precisam (não devem) atrapalhar quem tá trabalhando. Já era contra a candidatura da Cecilia, agora então...